sábado, 24 de outubro de 2009

APRESENTAÇÃO ano lectivo de 2009-2010

Chagall (Pintor)
A postagem inicial foi criada em 8/09/10


O QUE É O PERCURSOS ?

É uma Plataforma de comunicação especificamente criada para acompanhar e apoiar os formandos que frequentam os Cursos EFA na Escola Secundária de Santo André, no Barreiro, no decurso do ano lectivo de 2009-2010.

Procura funcionar como um complemento da formação presencial, sendo
também uma "porta aberta" para todos os que quiserem publicar ou simplesmente navegar...

Bem vindos ao nosso Blog !

CLC 2

Dossier CLC2 - RA1 Sugestões para ilustrar actividades no âmbito do sub-tema: Arte e Reciclagem














ACTIVIDADE SOBRE A PROBLEMÁTICA DO AMBIENTE
( mais sugestões)

fig.1 O Espectáculo Sublime da harmonia cósmica


fig.2 Lixo Cósmico (Imagem da Nasa)

Fig.3 Alterações Climáticas: o Furacão Hurricane



fig.4 O Inferno da Poluição Industrial

CULTURAS AMBIENTAIS (Textos)
I.
No fundo, o que está em causa (na problemática ambiental) é, nada mais nada menos, do que a base efectiva da própria crença no progresso, que alimentou as várias mitologias e narrativas, tanto sagradas como profanas, primeiro na Europa e depois em todos os continentes e culturas. Seremos capazes de atravessar esta tempestade de arrogância e desmesura? Seremos capazes de administrar correctamente o poder da técnica e da ciência, no sentido da maior justiça entre os humanos e do maior cuidado para com todas as outras criaturas que connosco partilham o tempo e o espaço? Seremos capazes de habitar sabiamente a Terra? Estas perguntas situam-se numa região-limite. Para elas não há uma resposta rigorosa, mas apenas o testemunho de uma aposta.
(...) A representação contemporânea da nossa crise ambiental e social global oscila, desta forma, entre a expectativa do pior e a esperança, (...) entre o risco do colapso e a perspectiva de uma mobilização planetária, capaz de assegurar, certamente num parto difícil e doloroso, a transição para uma sociedade, simultaneamente dinâmica e sustentável.


Viriato Soromenho Marques, Metamorfoses

(Professor Catedrático da Universidade de Lisboa, Coordenador da área de estudos

pós-graduados em Filosofia da Natureza e do Ambiente)

II

A nossa crise climática pode, por vezes, parecer-nos estar a acontecer lentamente, mas, na verdade, está a desenrolar-se muito rapidamente e tornou-se uma verdadeira emergência planetária.
A expressão chinesa para "crise" é formada por dois caracteres: o primeiro, é um símbolo de perigo e o segundo, um símbolo de oportunidade. A fim de enfrentarmos o perigo que nos espreita e de ultrapassá-lo, temos de reconhecer, em primeiro lugar, que estamos perante uma crise. Por que será, então, que os nossos líderes parecem não ver esses sinais de alerta? Estarão a resistir à verdade, porque sabem que no momento em que a reconhecerem terão de enfrentar o imperativo moral de agir? Será apenas mais simples ignorar os avisos?


Talvez, mas as verdades inconvenientes não desaparecem apenas porque não são vistas. De facto, quando não lhes damos resposta, a sua relevância não diminui, aumenta.

Al Gore , Uma Verdade Inconveniente

III. Lixo cósmico aumenta:
A rede de satélites de telecomunicações em órbita da Terra tende, a médio prazo, a densificar-se consideravelmente, sobretudo com o aumento previsto da participação europeia no lançamento de novos satélites empregando tecnologia de ponta, o que, além dos muitos benefícios, acarreta também algumas desvantagens…Se é verdade que o lançamento desses satélites contribui para a melhoria da cobertura mundial de circuitos de voz e dados, também é verdade que daí resulte um congestionamento da órbita terrestre, repleta de satélites activos e detritos de missões antigas.Cerca de 80% de todos os objectos identificados em órbita ocupam a LEO (Low Earth Orbit, isto é, órbita terrestre baixa), que se estende a 2000 quilómetros acima da superfície do planeta. Os satélites artificiais usados para observar a Terra, por exemplo, necessitam, para cumprir a sua missão, de se situar a essa baixa altitude.O observatório da ESA, no arquipélago das Canárias, possui equipamentos dedicados à busca, acompanhamento, identificação e catalogação deste aspecto menos glorioso da exploração espacial: o lixo cósmico.
in Espacial News (notícias)


Interactividade com os utilizadores:

Jorge:

Antes de mais, quero felicitá-lo por ter sido o primeiro formando a participar nesta Plataforma de Comunicação; é no escasso tempo que me resta que a vou construindo, pouco a pouco, esperando que ela sirva de apoio aos formandos e que possibilite uma rápida comunicação, capaz de satisfazer carências pontuais ,sentidas ao longo da frequência dos Cursos.

Quanto à ideia de desenvolver um trabalho em torno desse tema, acho que é viável e que pode, desde já, ir recolhendo alguma informação. Fica o meu compromisso de que procurarei orientações adicionais sobre essa matéria, junto da mediadora da vossa turma.

Continue a participar e obrigada pelo estímulo.











































































































































































































terça-feira, 20 de outubro de 2009

CP1 Textos/ Recursos



(...) Quem deseja a vida boa para si próprio, de acordo com o projecto ético, tem também que desejar que a comunidade política dos homens assente na liberdade, na justiça e na assistência.
A democracia moderna tentou, ao longo dos dois últimos séculos, estabelecer ( primeiro na teoria e depois, pouco a pouco, na prática) essas exigências mínimas que a sociedade política deve cumprir: são os chamados direitos humanos, cuja lista é apenas, para nossa vergonha colectiva, um catálogo de bons propósitos, e não de efectivas conquistas. Insistir em reivindicá-los por completo, em toda a parte e para todos, e não só para alguns, continua a ser a única iniciativa política de que a ética não se pode alhear.
(...) O que me parece evidente é que muitos dos problemas que hoje se nos põem, aos cinco mil milhões de seres humanos que enchem o planeta ( e o número, infelizmente, tende a aumentar), não podem ser resolvidos nem sequer bem colocados a não ser de forma global, em termos mundiais. Pensa na fome, que ainda mata tantos milhões de pessoas, ou no subdesenvolvimento económico e educacional de numerosos países, na sobrevivência de sistemas políticos brutais que oprimem sem contemplações o seu povo e ameaçam os vizinhos, no desperdício de dinheiro em ciências armamentistas, na pura e simples miséria de um número demasiado grande de pessoas, mesmo nas nações prósperas, etc.

Creio que a actual fragmentação política do mundo
( de um mundo já unificado pela interdependência económica e a universalização das comunicações - mundo globalizado), só serve para perpetuar estas marcas e paralisar as soluções que se proporcionem.
(Savater, Ética para um Jovem)




« Não é o Homem, são os homens que habitam este planeta. A pluralidade é a lei da Terra»
( Hannah Arendt, A Vida do Espírito)



« Se eu soubesse de alguma coisa que me fosse útil e fosse prejudicial à minha família, expulsá-lo-ia do meu espírito. Se soubesse de alguma coisa útil para a minha família e que o não fosse para a minha pátria, tentaria esquecê-la. Se soubesse de alguma coisa útil para a minha pátria e que fosse prejudicial para a Europa, ou que fosse útil para a Europa e prejucicial para o género humano, consideraria isso um crime, porque sou homem necessariamente, ao passo que francês somente o sou por acaso».
( Montesquieu)
Metamorfoses e "milagres" da Era da Tecnologia e do Conhecimento:
A sociedade contemporânea tem caminhado no sentido da complexidade e, para isso, muito contribuiu a nova ordem mundial instalada após a derrocada da URSS, desmembramento da Checoslováquia, eternização do conflito Israeloárabe, etc. Mudou o "mapa do mundo" e, com ele, as lógicas geoestratégicas que em quase nada fazem lembrar as antigas tensões entre os dois Blocos ( entenda-se as duas super-potências que alimentaram durante décadas a chamada "Guerra Fria" - que, afinal, manteve o suposto apocalipse latente, "em lume brando", durante décadas.
A nova ordem, a da Globalização, alimenta-se de outras lógicas e de novas tensões, catalizadas pelo fulgor da Sociedade de Informação e Comunicação que alastra os seus tentáculos com a matriz da irreversibilidade e da celeridade. Neste vórtice instalado à escala planetária, a humanidade esfalfa-se por acompanhar os novos "desafios" constantemente propalados, até à exaustão, como veículos para uma vida melhor, mais solidária e mais justa: refiro-me aos desafios contemporâneos da adaptação, da formação, da competitividade, do empreendedorismo e outros, assumidos pelo(os) diferentes poder(es) político(s) instalado(s), como imperativos da modernidade. A este e outros propósitos, convido-vos a ler e a reflectir o seguinte excerto:
" (...) Nos começos do século XX, autores de ficção científica e utopistas imaginaram que estávamos a caminho de uma civilização do ócio, na qual se trabalharia menos e haveria mais tempo para o descanso, a criatividade e o jogo; (enfim, mais tempo para a Felicidade).
O que aconteceu foi algo de parecido , mas sob um signo bastante (...) sinistro. Em vez de alcançarmos a civilização do ócio, vivemos na civilização do desemprego. Esta é composta por grupos de pessoas que trabalham muito, horas e horas, mas só para defenderem os seus postos de trabalho , para que não lhos tirem. As pessoas chegam ao ponto de renunciar aos seus períodos de descanso e obrigam-se a fazer horas extraordinárias.
Por outro lado, há outros milhões de pessoas que não têm acesso ao trabalho, vivem no desemprego, da assistência pública no melhor dos casos, porque em numerosos países são simplesmente indigentes que não têm maneira de conseguir quaisquer rendimentos.
Esta situação contraditória fez com que se produzisse uma modificação no sentido do ócio. Este deixou de ser um tempo de descanso. Tornou-se o momento do gasto, do consumo. Assim, esforçamo-nos mais e sofremos maior stress nos momentos de ócio do que nos de trabalho. Porque é nos momentos de ócio que cada um tem que pensar em que e como comprar tudo aquilo que o diverte ou que lhe pode proporcionar a ilusão de um estatuto superior ( para não referir as cargas que se trazem para casa, de produtos necessários à subsistência da família no decurso das semanas e dos meses de labor intenso).
Neste regime desproporcionado de trabalho, uns morrem de enfarte por excesso de ocupação, enquanto outros morrem de fome ou de abandono, por terem perdido as possibilidades de integração laboral na sociedade.
Porque é que o trabalho está tão mal repartido e não se podem equilibrar estas desproporções? O que sucede é que o trabalho passou, hoje, a ser um bem social, um caminho não só de produção, mas também de integração na comunidade. As pessoas têm necessidade de trabalhar não só para comerem, mas para não se sentirem excluídas da utilidade e do reconhecimento social.
Creio que um dos grandes desafios económicos, sociais e políticos do século XXI é o de alcançarmos uma repartição justa da procura laboral, para evitar que continue a escavar-se o enorme fosso que separa os países onde existe trabalho dos outros, condenados a um "ócio" forçado.
F. Savater, Os Dez Mandamentos no Século XXI, Ed. D. Quixote

terça-feira, 22 de setembro de 2009

CP5 Elementos de Apoio



ÉTICA e DEONTOLOGIA - CP5 /RA2

Do grego “ethiké” ou do latim “ethica” (ciência relativa aos costumes), ética é o domínio da filosofia que tem por objectivo o juízo de apreciação que distingue o bem e o mal, o comportamento correcto e o incorrecto. Os princípios éticos constituem-se enquanto directrizes, pelas quais o homem rege o seu comportamento, tendo em vista uma filosofia moral dignificante. Os códigos de ética são dificilmente separáveis da deontologia profissional, pelo que não é pouco frequente os termos ética e deontologia serem utilizados indiferentemente.
O termo Deontologia surge das palavras gregas “déon, déontos” que significa dever e “lógos” que se traduz por discurso ou tratado. Sendo assim, a deontologia seria o tratado do dever ou o conjunto de deveres, princípios e normas adoptadas por um determinado grupo profissional. A deontologia é uma disciplina da ética especial adaptada ao exercício da uma profissão.
Existem inúmeros códigos de deontologia, sendo esta codificação da responsabilidade de associações ou ordens profissionais. Regra geral, os códigos deontológicos têm por base as grandes declarações universais e esforçam-se por traduzir o sentimento ético expresso nestas, adaptando-o, no entanto, às particularidades de cada país e de cada grupo profissional. Para além disso, estes códigos propõem sanções, segundo princípios e procedimentos explícitos, para os infractores do mesmo. Alguns códigos não apresentam funções normativas e vinculativas, oferecendo apenas uma função reguladora. A declaração dos princípios éticos dos psicólogos da Associação dos Psicólogos Portugueses, por exemplo, é exclusivamente um instrumento consultivo. Embora os códigos pretendam oferecer uma reserva moral ou uma garantia de conformidade com os Direitos Humanos, estes podem, por vezes, constituir um perigo de monopolização de uma determinada área ou grupo de questões, relativas a toda a sociedade, por um conjunto de profissionais.



Liberdade e Responsabilidade Democráticas

Ruínas da Biblioteca da cidade grega de Éfeso ( Turquia)


Compromisso Cidadão-Estado

A Ética e a Moral são insuficientes para regulamentar as acções humanas em direcção ao Bem, daí que se torne necessário um Sistema de Leis. A norma ética é apenas prescritiva (meramente indicativa), desprovida de sanções penais: as normas morais não têm coercitividade externa; a aceitação ou o incumprimento da norma depende, apenas, da vontade e da decisão individual (depende da adesão da vontade a uma orientação interior da consciência).
No domínio da moral a transgressão é punida com sentimentos como o remorso, a culpa ou a crítica e marginalização social do indivíduo prevaricador; as normas morais apenas regulamentam a vida no domínio privado.

No domínio das normas jurídicas, a transgressão é punida através dos meios que o Estado tem ao seu dispor: tribunais, polícia, etc., por meio da aplicação das punições ou sanções que esses Órgãos administram, vinculando-se à Lei como, por exemplo, julgamento em tribunal, multa ou pena de prisão. As normas jurídicas são instrumentos coercitivos de carácter externo: regulamentam a vida no domínio público.
A política é, do ponto de vista teórico, a ciência que reflecte e gere os assuntos e interesses da comunidade. A sua vocação prática consiste na realização dos fins que uma comunidade se propôs atingir; assim, a vocação mais nobre da política será a defesa do Bem Comum.
O Estado é a institucionalização do poder político e do exercício da sua autoridade. Apoia-se num Sistema de Leis, tendo por objectivo a realização dos fins/metas eleitos por uma comunidade. Assim, o Estado assenta em 2 pilares fundamentais: na Política e no Direito.

Os Estados Modernos, em geral, funcionam com um Sistema de Leis (Direito), com um sistema de Governo e com os meios e instrumentos instituídos para o exercício do poder: tribunais, polícia e forças armadas.

Os Estados modernos, designados por Estados de Direito, assentam na subordinação das instituições à Lei. Para evitar a concentração de poderes e salvaguardar a autonomia das instituições no exercício das suas funções, os poderes do Estado encontram-se divididos, num sistema tripartido, constituído pelo poder legislativo (que tem por função a elaboração e aprovação das leis), judicial (que tem por função a aplicação das leis) e executivo (que tem a função de governar, com base no sistema de leis em vigor).
A Filosofia Política reflecte sobre as funções e legitimidade do Estado, sobre os modelos ideais de organização política (regimes/sistemas políticos) e sobre os princípios estruturantes da organização jurídico‑política das sociedades. Esses princípios estruturantes impõem a reflexão de conceitos fundamentais como, a liberdade política, a igualdade, a justiça social e a solidariedade.
Esta reflexão já é antiga, remontando a autores como Platão, Aristóteles, J.Locke, Rousseau e outros que, ao longo da história do pensamento, apresentaram perspectivas diferenciadas sobre esta matéria.


É precisamente sobre esta questão que incidia a actividade de diagnóstico realizada nas aulas. De facto, confrontaram-se nos textos, as diferentes perspectivas de Aristóteles e de Rousseau no que concerne à origem e papel do Estado na regulação da sociedade civil. Enquanto Rousseau reconhece no Estado e no exercício do poder político instâncias que decorrem da própria organização da sociedade civil (que teria, na óptica deste autor, sido responsável pela corrupção da natureza humana, funcionando, consequentemente, como mecanismos de controlo que anulam a pressuposta liberdade individual usufruida pelo homem numa era primitiva) - uma vez que a consolidação do próprio Estado se dá pela celebração do Contrato Social que fixa o conjunto de deveres/direitos dos cidadãos para com o Estado e vice-versa, Aristóteles, pelo contrário, reconhece no Estado a instância que funda a própria liberdade ao possibilitar o exercício da cidadania, já que nenhuma comunidade humana será digna desse nome, se não expressar a própria racionalidade organizativa que o Estado representa. Assim, o Estado é visto como uma criação própria de um ser racional, regulador e disciplinador dos comportamentos e veículo de realização dos fins que uma sociedade se propõe atingir.


Ora, como nem a educação só por si, nem a ética, se revelaram eficazes na melhoria dos comportamentos humanos e na promoção do respeito pelo bem comum (causas públicas), Aristóteles fundamenta a necessidade do Estado e de um sistema de leis pois, não basta ao homem possuir a consciência do bem e do mal ( do que é a virtude) para se tornar virtuoso e respeitador dos interesses da comunidade. As leis têm um carácter coercitivo e punitivo isto é, obrigam ao seu cumprimento e penalizam quem as não cumpre. O cumprimento ou não, das regras morais, pelo contrário, fica ao critério da consciência e da vontade de cada um e a única punição para os comportamentos desviantes faz-se sentir ao nível da consciência individual, sob a forma de remorso/arrependimento sem que disso resulte qualquer efeito social exemplar. Só através do Estado e do seu sistema de leis se pode salvaguardar a cidadania e a liberdade individual e colectiva já que é o Estado que, ao fixar os direitos/deveres dos cidadãos ( no seio de uma mesma comunidade), funciona como instância reguladora de interesses egoísticos, de conflitos de vária natureza, por forma a salvaguardar a liberdade e o bem colectivo. O Estado, por definição, não existe para defender motivações egoísticas ou do foro privado, mas para subordinar esses mesmos interesses às causas públicas e às necessidades da comunidade.



quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Dossier CLC 5 - artigos, elementos para pesquisa e apoio

Exemplar dos primeiros rádios de consumo público

CLC 5 / RA1

CULTURA COMUNICAÇÃO E MEDIA



Em 1895, pela primeira vez, o inventor italiano Guglielmo Marconi conseguiu estabelecer comunicação à distância por ondas radioeléctricas. Com esta descoberta nasceu a telegrafia sem fios (T.S.F.) que depressa conquistou espaço privilegiado na rede internacional de telecomunicações. Tendo partido para Inglaterra em 1896 para reunir apoios em torno da sua invenção, Marconi fundou em 1897 a primeira empresa que deu lugar ao estabelecimento de circuitos por todo o Mundo, unindo os cinco continentes através das radiocomunicações. Da Terra Nova a Sydney, do Rio de Janeiro a Lisboa, de Londres a Nova Deli, as primeiras décadas do século XX assistiram ao cruzamento das ligações globais concebidas pela inovação de um jovem entusiasta, galardoado com o Prémio Nobel da Física em 1909.


Em 1912 foi assinado, entre o governo português e a sociedade Marconi, o primeiro contrato de construção da rede mundial de TSF do País. As dificuldades financeiras da época, somadas à eclosão, dois anos mais tarde, da I Guerra Mundial, fizeram adiar esta construção para a década de 20. Um segundo acordo, obtido em 1922, esteve na origem da instalação da Marconi em Portugal pela constituição de uma empresa nacional. Nasceu assim, a Companhia Portuguesa Rádio Marconi.
No fim de 1926, a Marconi portuguesa abriu os primeiros circuitos mundiais e no ano seguinte já mantinha ligações regulares com múltiplos destinos como Londres, Berlim, Rio de Janeiro ou Paris. Em pouco tempo, a teia de T.S.F. portuguesa chegava a quase todo o globo e com ela a génese da modernização do sector das telecomunicações.



A TIRANIA das TELECOMUNICAÇÕES



Cyber-Girl

" Caros:
É com imenso prazer que lhes envio os mandamentos das Telecomunicações!

Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental.

Não verás teu filho crescer.
Não terás feriado, fins - de -semana ou qualquer outro tipo de folga.

Terás gastrite, se tiveres sorte. Se for como os demais terás úlcera.
A pressa será o teu único amigo e as tuas refeições principais serão os lanches, as pizzas e o china in box.

Os teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se te sobrarem cabelos.

A tua sanidade mental será posta em causa antes que completes 5 anos detrabalho.


Dormir será considerado período de folga, logo, não dormirás.

Trabalho será o teu assunto preferido, talvez o único.

Quando estiveres de folga, no domingo, sairás à rua olhando os postes e as redes,como se fossem lasers.

As pessoas serão divididas em 2 tipos: as que entendem de telefonia eas que não entendem e acharás isso engraçado.


A máquina de café será a tua melhor colega de trabalho, porém, a cafeína não te fará mais efeito.

Terás sonhos, com telefonia, e não raro, resolverás problemas detrabalho neste período de sono.

Exibirás olheiras como troféu de guerra. E, o pior... Inexplicavelmente gostarás de tudo isso !!!BEM VINDO às TELECOMUNICAÇÕES!"

Texto original de Fábio Benevides Sousa, Bacharel em Engenharia Eléctrica
Telecomunicações e Computação.
Camaçari, Bahia, Brasil
In Blog : A Maldição das Telecomunicações

«Gosto de divulgar notícias, pois informar os outros sobre um pouco do que sei, ou do que acabei de saber, provavelmente trará benefícios para alguma pessoa» (citação do autor)