sábado, 13 de março de 2010

Ano Lectivo de 2009-2010 CP5/CP6 Tolerância e Mediação / Deontologia e Princípios Fundamentais da Ética: Textos para Reflexão e Pesquisa





Homenagem a Irena Sendler

De nacionalidade polaca, nasceu a 15 de Fevereiro de 1910 e faleceu a 12 de Maio de 2008, com 98 anos.

Durante a 2ª Guerra Mundial, Irena conseguiu uma autorização para trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações, mas o seu propósito ia mais longe ... até onde poderia ir a compaixão, a empatia e a solidariedade de um grande ser humano . Sabia quais eram os planos dos nazis relativamente aos judeus.
No Gueto de Varsóvia Irena trazia meninos escondidos no fundo da sua caixa de ferramentas e levava um saco de serapilheira, na parte de trás da sua camioneta, (para crianças de maior tamanho). Também levava na parte de trás da camioneta, um cão a quem ensinara a ladrar aos soldados nazis quando entrava e saía do Gueto. Claro que os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer.
Enquanto conseguiu manter este trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca de 2500 crianças. Por fim os nazis apanharam-na e partiram-lhe ambas as pernas e os braços e prenderam-na brutalmente.
Irena mantinha um registo com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto, que guardava num frasco de vidro enterrado debaixo de uma árvore no seu jardim. Depois de terminada a guerra tentou localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a família. A maioria tinha sido levada para as câmaras de gás.
Para aqueles que tinham perdido os pais ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adoptivos. Há poucos anos foi proposta para receber o Prémio Nobel da Paz... mas não foi seleccionada, quem o recebeu nesse ano foi Al Gore, por uns diapositivos sobre o Aquecimento Global.


Diálogo em Memória do Holocausto:

Menina:
Tenho que lhe dizer uma coisa, senhor... Tem no seu braço uma tatuagem sem graça nenhuma. É só um montão de números.
Homem: Bem teria a tua idade quando ma fizeram. Mantenho-a como uma recordação.
Menina: Oh! ... Uma recordação de dias mais felizes?
Homem: Não, de um tempo em que o mundo ficou louco. Imagina-te a ti mesma num país em que os teus compatriotas seguem a voz de um político extremista que não gostava da tua religião.
Imagina que te tiravam tudo, que enviavam toda a tua família para um campo de concentração, para trabalhar como escravos e serem assassinados sistematicamente. Nesse sítio tiravam-te até o teu nome para ser substituído por um número tatuado no teu braço. Chamou-se a isso o Holocausto, quando milhões de pessoas foram mortas só pelas suas crenças religiosas ou diferenças étnicas.
Menina: Então tu usas essa tatuagem para recordares o perigo das políticas extremistas!
Homem: Não, querida. É para que tu o recordes.



Passaram já mais de 60 anos, desde que terminou a 2ª Guerra Mundial na Europa. Este diálogo divulga‑se em memória dos 6 milhões de judeus, 20 milhões de russos, 10 milhões de cristãos e 1.900 sacerdotes católicos que foram assassinados, massacrados, violados, mortos à fome e humilhados.
Agora, mais do que nunca, com o Iraque, Irão e outros, proclamando que O Holocausto é um mito, torna-se imperativo assegurar que o Mundo nunca o esqueça.